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Foto Amanda Carneiro |
Negra, ela põe em pauta: “A maior dificuldade são as pessoas te olharem de uma forma diferente. Você precisa provar, o tempo todo, que é capaz. É para mostrar o potencial que você tem, tem que ser dez vezes melhor que o homem branco. Minha dificuldade por ser negra não passou e não vai passar”. Alisar o cabelo é, muitas vezes, obrigação da mulher negra: “Você pode ser negro, mas você não pode assumir sua cultura. A partir do momento que você sai dos padrões, é mal vista”.
Questionada por uma das pessoas da roda de conversa sobre o preconceito na UFV, ela responde: “O negro não tem visibilidade dentro da UFV, a Universidade nunca abriu as portas para esse tipo de evento, então já é uma vitória”. Além de Edilene, outras mulheres relataram suas experiências por serem negras em Viçosa. Desde estupro, a dificuldade de encontrar trabalho, até a solidão da mulher negra – que muitas vezes é vista como mero “objeto sexual” também foram discutidos na sala.
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